1. Depois da queda de Napoleão e
da restauração dos Bourbons, que tipo de Constituição foi estabelecida na França?
Depois da queda de Napoleão e da restauração dos Bourbons,
Luís XVIII outorgou uma Constituição em que procurava conciliar os princípios
do Antigo Regime e algumas conquistas da Revolução Francesa, como a igualdade
de todos perante a lei e a liberdade de pensamento, culto e imprensa.
2. Quais eram as três tendências
políticas dominantes na França às vésperas da Revolução de 1830?
As tres tendências políticas dominantes eram:
ultra-realista, formada por nobres partidários da volta aos antigos
privilégios; constitucionalistas, moderados que queriam a aplicação estrita da
Constituição; e liberais ou independentes, hostis à monarquia e defensores das conquistas
revolucionárias.
3. Resuma os acontecimentos que
se seguiram após a morte de Luís XVIII.
Com a morte de Luís XVIII, subiu ao trono seu irmão
Carlos X, em 1824, tornando-se a tendência ullra-realista. Foi aprovada a lei que indenizava os nobres por suas perdas e, no
plano externo, iniciou-se a conquista da Argélia, em 1830. Nas eleições de 1830, em resposta à vitória da
oposição, Carlos X suprimiu a liberdade de imprensa, aumentou o censo
eleitoral, dissolveu a Câmara e convocou novas eleições. Seguiram-se os chamados três dias gloriosos,
quando a imprensa desobedeceu à censura e barricadas surgiram nas ruas. O rei fugiu,
mas os republicanos não tiveram força para mudar o regime, apesar do apoio do
povo de Paris. Então, os realistas liberais deram a coroa aoduque de Orléans, Luís
Filipe, iniciando-se a monarquia de julho.
4. Que
correntes de pensamento desempenharam papel importante nas revoluções de 1848?
Que outros fatores tiveram influência nesse processo? Quem liderou as massas?
Três
correntes de pensamento tiveram importante papel na revolução de 1848: o liberalismo,
o nacionalismo e o socialismo. Outros aspectos que influenciaram essas revoluções
foram as crises agrícolas e a superprodução industrial. A miséria gerou
descontentamento. Camponeses e proletários passaram a reclamar melhores
condições de vida, menos desigualdades. Havia reivindicações socialistas, mas a
massa de trabalhadores não tinha orientação, de forma que seguiu a liderança
dos liberais e nacionalistas.
5. Explique a diferença entre
socialismo utópico e socialismo científico.
As transformações sociais e econômicas ocorridas na Europa nos séculos
XVIII e XIX foram responsáveis pelo surgimento do socialismo. Socialismo
utópico era a filosofia daqueles precursores que pregavam a igualdade social sem
apresentar meios práticos ou soluções para conseguir chegar a ela. Com Karl
Marx e Friedrich Engels, pode-se falarem socialismo científico, uma teoria sobre as desigualdades
sociais que apresentava uma forma de superá-las. Os dois fundamentaram sua
doutrina na análise histórica das sociedades humanas, chamando a atenção para a
importância das condições econômicas e da luta de classes no processo
histórico. Para eles, a união do proletariado levaria ao triunfo, ao poder e a
uma sociedade sem classes.
A unificação da Itália e da Alemanha
1. Por
que a alta burguesia queria a unificação italiana?
A alta
burguesia era a grande interessada na unificação italiana porque ela criaria um
mercado interno único, garantiria o desenvolvimento econômico e lhe permitiria concorrer
com seus produtos no mercado externo. Existia também um espírito nacionalista.
2. Em
que os interesses da alta burguesia diferiam dos da média burguesia e do proletariado
urbano quanto à unificação italiana?
Para a
alta burguesia italiana, a unificação deveria ser um processo fácil e rápido,
em torno do Reino do Piemonte-Sardenha; ela usava o nacionalismo apenas como
recurso para atrair apoio de outras camadas sociais. Já a média burguesia e o
proletariado urbano queriam um Estado nacional democrático e preferiam uma
unificação em termos republicanos.
3. Resuma a primeira tentativa
de unificação italiana.
Qual era então a condição da península Itálica do ponto de vista da política europeia?
Qual era então a condição da península Itálica do ponto de vista da política europeia?
A primeira tentativa de unificação italiana deu-se em 1848. A península Itálica,
desde o Congresso de Viena, estava sob tutela do Império Austríaco, dividida em
sete Estados, dos quais o mais importante era o Reino do Piemonle-Sardenha,
governado pelo rei Carlos Alberto. Este declarou guerra à Áustria mas foi
derrotado, abdicou e entregou o trono ao filho Vítor Emanuel II. O ideal de unificação,
contudo, continuou forte.
4. Relate a ação unificadora de Cavour,
ministro do Piemonte.
O ministro Cavour, do Piemonte, tomou a si a ideia da unificação. Em 1859, ele fez um acordo secreto com Napoleão III, da França, pelo qual Napoleão apoiaria o Piemonte contra
a Áustria, recebendo em troca os condados da Savóia e de Nice, enquanto o
Piemonte receberia a Lombardia-Veneza, em poder da Áustria. Durante a guerra
contra a Áustria, Napoleão recuou e o Piemonte recebeu apenas a Lombardia. No
tratado que se seguiu, ficou estabelecida a formação de uma confederação dos
Estados italianos sob a presidência do papa, o que não interessava a Cavour.
5. Que
papel exerceu Garibaldi no processo de unificação da península Itálica? Qual era a situação
quando Cavour morreu, em 1861? Quando se completou a unificação?
Em
1860, Garibaldi invadiu a Sicília e em Nápoles pôs em fuga o rei Francisco II As tropas piemontesas invadiram os Estados papais do centro da península, que ainda não se
haviam integrado. Mais tarde, Garibaldi tentaria tomar Roma, mas foi impedido por Napoleão III. Quando Cavour morreu, em 1861, quase toda a Itália já estava dominada pelo Piemonte. A unificação se completou depois que a Prússia venceu a França em 1870.
Os italianos, então, com Vítor Emanuel II, tomaram Roma e ocuparam os Estados pontifícios restantes.
Os italianos, então, com Vítor Emanuel II, tomaram Roma e ocuparam os Estados pontifícios restantes.
6.
Qual foi o principal fator da unificação alemã?
O
principal fator da unificação alemã foi o desenvolvimento econômico e social
graças ao Zoliverein, liga aduaneira dos Estados germânicos, criado em 1834.
7. Resuma o papel de Bismarck na
unificação alemã.
Bismarck era ministro de Guilherme I, da Prússia.
Antiliberal e monarquista, desejava a unificação alemã e a ela se dedicou.
Achava que esta só seria possível por meio da força, numa guerra contra a
Áustria. Para isso, organizou militarmente o Reino da Prússia. Explorando os
desacertos internacionais, venceu sucessivamente a Dinamarca, a Áustria e a
França.
8. Que
consequências trouxe a vitória alemã para a França de Napoleão III?
A
vitória alemã fez desaparecer o Segundo Império de Napoleão III. Em seu lugar surgiu a Terceira República.
Constituiu-se em um governo de defesa nacional que por fím leve de aceitar o armistício. O Império Alemão foi proclamado em pleno Palácio de Versalhes, em janeiro de 1871, uma humilhação para os franceses, que guardariam um forte espírito revanchista. Outra consequência dessa humilhação foi a sublevação dos trabalhadores e o surgimento da Comuna de Paris.
Constituiu-se em um governo de defesa nacional que por fím leve de aceitar o armistício. O Império Alemão foi proclamado em pleno Palácio de Versalhes, em janeiro de 1871, uma humilhação para os franceses, que guardariam um forte espírito revanchista. Outra consequência dessa humilhação foi a sublevação dos trabalhadores e o surgimento da Comuna de Paris.
9. O
que foi a Comuna de Paris?
A
Comuna de Paris representou uma tentativa de organização de poder operário em
contraposição ao poder burguês da Terceira República. Composta de 90 membros eleitos
por sufrágio universal, adotou várias medidas favoráveis aos trabalhadores. Mas
não teve condições de se sustentar por muito tempo e acabou sufocada pela
repressão desencadeada pelo governo de Versalhes em maio de 1871.