sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Neocolonialismo_Partilha da África e Ásia_Primeira Guerra Mundial e Revolução Russa_3º ano


AS RELAÇÕES INTERNACIONAIS E AS ORIGENS DA "PAZ ARMADA"
No final do século XIX, o desenvolvimento econômico da Europa Ocidental exercia sobre o mundo uma influência preponderante.
A concorrência entre os países gerava conflitos e, para resolvê-los, os governantes apontavam para a política de equilíbrio internacional. Entre as grandes potências, de 1871 a 1890, cada vez mais a Alemanha tornava-se proeminente e, para impedir o desenvolvimento francês, fomentava a política de alianças entre nações. A principal delas foi o Tratado da Tríplice Aliança, de 1886, um bloco político que reuniu Alemanha, Áustria e Itália, e cujo fim maior era o isolamento da França.
A França revidou, fomentando o revanchismo, expressão da sua inconformidade com as perdas da guerra franco-prussiana. Crescia cada vez mais a rivalidade franco-alemã.
A Itália, num primeiro momento, participou da aliança anti francesa, pois, em 1881, os franceses haviam anexado a Tunísia, na África, região cobiçada pelos italianos. Porém, em 1896, a oposição entre italianos e franceses diminuiu, resultando em acordos de comércio e amizade, e a Itália declarou-se neutra. Esse fato significou o enfraquecimento da Tríplice Aliança.
Aos poucos se formavam nacionalismos e imperialismos agressivos. Os países passaram a empreender uma corrida armamentista, estimulando e intensificando a indústria de guerra. Cada vez mais os governos aumentavam o contingente do exército nacional, responsável pela defesa e ampliação das fronteiras. Em 1898, a indústria alemã duplicou a frota de navios de guerra, evidenciando a sua preocupação com o domínio dos mares.
Naquele final de século se configurava a "Paz Armada".


A Era dos Impérios e o Neocolonialismo
No século XIX, ocorreu significativa expansão dos Estados capitalistas europeus. Os governantes engendraram a política de expansão econômica e territorial, sobretudo na África e na Ásia.

O NE0C0L0NIALISM0
A partir de meados do século XIX, as nações industrializadas da Europa iniciaram a corrida em busca de colônias na Africa e na Asia. Os fatores que motivaram o neocolonialismo foram:
» busca de novos mercados consumidores, de matérias-primas e de mão-de-obra barata para acelerar o processo de industrialização;
» excedentes populacionais: a população de algumas nações industrializadas começou a crescer demais e a não encontrar trabalho (especialmente no campo).
» desenvolvimento do espírito nacionalista: a rivalidade entre as nações estimulou o espírito nacionalista, o que obrigou os governos a se preocuparem com as demarcações de fronteiras, com a unificação de seus territórios.

A JUSTIFICATIVA DO IMPERIALISMO
As nações imperialistas procuraram justificar o imperialismo desenvolvendo doutrinas racistas, religiosas e técnico-científicas, nas quais propugnavam a superioridade européia:
» doutrina racista: o imperialismo disseminou a ideologia da superioridade racial do branco europeu, em relação ao africano.
» doutrina religiosa: a Igreja Católica afirmava que ela possuía a missão de salvar as almas dos infiéis convertendo-os ao cristianismo.
» doutrina da supremacia técnico-científica: os europeus consideravam-se superiores em relação aos demais povos, já que experimentavam um notável progresso científico.


A PARTILHA DA AFRICA
Em 1815, os ingleses compraram dos holandeses as colônias do Cabo e do Natal. A partir desse momento, o governo inglês adotou a política de introdução de imigrantes e de liberdade e proteção aos negros da região. Convém salientar que, em 1833, o governo inglês aboliu a escravidão nas suas colônias africanas.
A burguesia industrial inglesa tinha novos interesses em relação à Africa negra. Via ali a possibilidade de estabelecer colônias para o fornecimento de matéria-prima. Para isso, era necessário utilizar a mão de obra nativa.
Outros países europeus, entre eles a França, se preparavam para entrar no processo de colonização e exploração da África. Em 1830, os franceses invadiram e conquistaram a Argélia. Mais tarde, anexaram a Tunísia, a Africa Ocidental francesa, a África equatorial, a Somália e Madagascar.
A descoberta de diamantes na região de Orange, na década de sessenta do século XIX, levou à valorização capitalista do continente africano. Leopoldo II, rei da Bélgica, dominou a região do Congo, entre 1875 e 1885.
A partir de 1875, os ingleses compraram ações do canal de Suez, que liga o mar Vermelho ao Mediterrâneo. Por esse canal, chegariam até à índia e estabeleceriam a sua influência no Egito, trampolim para dominar o continente africano. Anexaram o Sudão, a Rodésia, a Costa do Ouro, a Nigéria, o Quênia e a Somália.
Nessa época, os alemães estavam em pleno período de unificação, mas pretendiam ingressar na partilha, conquistando a África Oriental. Em seguida, dominaram o Togo, a Tanganica, o Sudoeste africano e a região de Camarões.


A Inglaterra mantinha a supremacia da ocupação africana. Entre 1899 e 1902 os ingleses viram-se envolvidos numa guerra colonial, a Guerra dos Bõers.
Os Bõers, descendentes de holandeses, dominavam a região aurífera de Transvaal e de Orange. A Inglaterra, com a finalidade de explorar o ouro do sul da África, invadiu a região e impôs, após três anos de guerra, a sua dominação sobre os Bõers. Apesar disso, a guerra continuou e os Bõers conseguiram algumas vitórias, beneficiando-se com a ascensão de Gladstone ao poder, na Inglaterra, em 1881, que reconheceu oficialmente as repúblicas de Orange e do Transvaal.
Nos anos que se seguiram, verificou-se a corrida do ouro na África do Sul e grandes companhias mineradoras ali se instalaram. Advieram novos conflitos. Em 1902, foi definida a paz, pela qual as repúblicas de Orange e Transvaal perdiam a independência, dando origem, no ano de 1903, à República Sul-Africana.
Na partilha da África, houve a participação de outras nações europeias, como os países ibéricos, mas que atuaram de forma restrita. Portugal ficou com os territórios de Moçambique, Angola e Guiné. Para a Espanha, coube a região do Rio do Ouro, parte da Guiné e do Marrocos. Outra nação que também participou foi a Itália, que ficou com a Eritréia, a Líbia e a Somália.
O neocolonialismo europeu foi responsável pela destruição das estruturas tradicionais das sociedades africanas. Em meio século, as famílias, as aldeias e as tribos foram incorporadas pelos colonizadores.
Os europeus reorganizaram a economia dos povos africanos, que se tornou agroexportadora, de base monopolista. As indústrias, o comércio, as estradas de ferro e a rede portuária criados no continente africano, serviam para atender os interesses do capitalismo financeiro e monopolista, em sua Era Imperialista.




A PARTILHA DA ÁSIA
Desde o final do século XVIII, a Inglaterra explorava a índia, que era um país agrário, tendo o seu comércio restrito apenas ao litoral. Em meados do século XIX, a dominação econômica inglesa já estava consolidada, porém os cipaios (nativos que serviam no exército colonial) reagiram. Os cipaios foram reprimidos e a índia colocada sob a tutela do governo inglês, que reorganizou a administração e criou a autoridade suprema do vice-rei.
A burguesia inglesa começou a investir capitais na agricultura de plantations de algodão e juta, matéria-prima indispensável à indústria têxtil inglesa. Além disso, o vice-rei triplicou o exército colonial, o que facilitou a conquista de outras regiões como a Birmânia, o Ceilão, o Tibet e o Paquistão.
A burguesia comercial inglesa, desde o século XVIII, mantinha relações econômicas com a China. O principal porto que serviu a esse comércio era o de Cantão. No começo do século XIX, a Companhia das índias Orientais inglesa intensificou as atividades comerciais, adquirindo chá e vendendo ópio, derivado de uma planta cultivada na índia e na Birmânia.
Todavia, o governo chinês, desde 1730, havia proibido a utilização e venda desse produto.
O governo chinês empreendeu intensa repressão ao comércio do ópio, mandando, em 1839, destruir o carregamento inglês de 20 mil caixas desse produto, ainda no porto de Cantão. Os ingleses reagiram e foi declarada guerra à China, a Guerra do Ópio (1840-1842), que só terminou quando os chineses se viram obrigados a assinar o Tratado de Nanquim, em 1842. Por esse Tratado, os ingleses conseguiram a abertura.
Após a Guerra do Ópio, a China foi invadida pela França e pelo Japão, que também obtiveram a concessão de comercializar nos portos daquele país, estendida mais tarde à Rússia, Itália, Alemanha e Estados Unidos.
Enquanto os estrangeiros dominavam o país, os chineses começaram a reagir. Em 1900, a sociedade dos boxers, associação secreta nacionalista, começou a provocar atentados contra os estrangeiros. As nações europeias organizaram uma ação conjunta para reprimi-los. Desse confronto, em 1901, ocorreu a Guerra dos Boxers, quando este grupo foi massacrado e a China teve de reconhecer as concessões já feitas, além de pagar indenização aos inimigos.
No caso do Japão, em 1853, os norte-americanos enviaram uma esquadra para forçar a abertura dos portos japoneses aos seus produtos. O governo japonês viu-se obrigado a assinar o Tratado de Kanagawa, onde concordava com as exigências. Somente em 1867, essa situação se alterou. Teve início a Era Meiji, que levou o país a profundas transformações. No final do século XIX, as indústrias japonesas funcionavam plenamente e, na falta de matéria-prima e fontes energéticas, o Japão fez guerra contra a China. Em 1905, os japoneses guerrearam contra os russos, ocupando a Coréia, e contra os franceses, dominando a Indochina.

OS EFEITOS DO IMPERIALISMO
O avanço capitalista na Africa e na Asia quebrou definitivamente a auto-suficiência daqueles povos. Para os colonizadores, as colônias deveriam suprir a metrópole de matéria-prima necessária à industrialização.
A colônia devia absorver grande parte da produção excedente da metrópole desenvolvida. Para que os investimentos se tornassem lucrativos, era preciso criar a infraestrutura de exportação: estradas de ferro, pontes, portos. As nações capitalistas subordinaram as economias coloniais, o que deu origem ao subdesenvolvimento dos países colonizados.

       




  A Primeira Guerra Mundial
A Primeira Guerra Mundial durou de 1914 a 1918 e suas raízes encontram-se no final do século XIX, particularmente após 1870.

O CENÁRIO DA GUERRA
Na preparação da Primeira Guerra Mundial participaram as potências imperialistas, cujo objetivo era a repartição do mundo, a fim de garantir matéria-prima, mercado consumidor e mão de obra para sua produção industrial.
A Inglaterra dominava a maioria dos mercados mundiais, seguida pela Alemanha. O governo alemão, para consolidar os seus intentos imperialistas, projetou a construção de uma estrada de ferro ligando Berlim a Bagdá, para o transporte de petróleo do golfo Pérsico aos mercados ocidentais. A Inglaterra se opôs a esse projeto porque traria dificuldades para o comércio com suas colônias.
Enquanto isso, os nacionalistas franceses pregavam o revanchismo à Alemanha, com o intento de recuperarem os territórios perdidos de Alsácia-Lorena.
Finalmente, a França e a Alemanha disputavam um domínio do Marrocos, ao norte da África. Em 1911, a França anexou o Marrocos, porém, cedeu à Alemanha parte do Congo francês.
O equilíbrio em blocos
Desde 1886 a Alemanha liderava o bloco da Tríplice Aliança, composta pela Áustria e Itália. Por volta de 1904, a França reagiu ao isolamento e revidou, compondo com a Inglaterra outro bloco, a Entente Cordiale, interessadas em impedir a supremacia alemã. Alguns anos após, em 1907, França e Inglaterra uniram-se à Rússia, formando a Tríplice Entente.


A POLÍTICA ARMAMENTISTA NA DEFESA DA "PAZ ARMADA"
No começo do século XX, os países ricos da Europa, preocupados com o equilíbrio internacional, propugnavam pela paz. Mas, contraditoriamente, estimulavam a indústria de armamentos e recrutavam civis para aumentar os contingentes militares. O militarismo cresceu e a possibilidade de acordo para manter um equilíbrio entre as nações imperialistas se
tornava cada vez mais difícil. Dessa forma, os focos de tensão e a disputa pela supremacia conduziram os países europeus à corrida armamentista.
Ao mesmo tempo, eclodiu a chamada crise dos Bálcãs. Em 1906, o Império Áustro-Húngaro anexou dois Estados eslavos, a Bósnia e a Herzegovina, impedindo a possibilidade de formação da Grande Sérvia, com vistas a obter uma saída para o mar Mediterrâneo. Esse fato acentuou a rivalidade entre
Áustria-Hungria e a Sérvia.
No dia 28 de junho de 1914, o arquiduque Francisco Ferdinando, futuro governante do Império Austro-Húngaro, já próximo de assumir o trono, em visita a Sarajevo, capital da Bósnia, foi assassinado com sua esposa. A responsabilidade do assassinato coube ao estudante bósnio Gabriel Princip. Um mês depois, o Império Austro-Húngaro declarou guerra à Sérvia, que contou com o apoio da Rússia. 0 incidente de Sarajevo foi o estopim que desencadeou a Primeira Guerra Mundial.










OS PRIMEIROS INSTANTES DA PRIMEIRA GRANDE GUERRA
O desdobramento do conflito nos Bálcãs acabou envolvendo os países europeus, devido à política de alianças. A Itália, que pertencia à Tríplice Aliança, entrou na guerra ao lado da Entente, porque a Inglaterra havia-lhe prometido os territórios irredentos, que não conseguira conquistar da Áustria desde o período da unificação. O Japão, interessado nas possessões alemãs no Oriente, aderiu aos Aliados. Os acontecimentos iniciais da guerra, em 1914, foram:
» 28 de julho: a Áustria declara guerra à Sérvia;
» 29 de julho: em apoio à Sérvia, a Rússia mobiliza seus exércitos contra a Áustria e a Alemanha;
» 1º de agosto: a Alemanha declara guerra à Rússia e, posteriormente, à França;
» 04 de agosto: os exércitos alemães e austríacos invadem a Bélgica, com o objetivo de atacar o território francês;
» 05 de agosto: a Inglaterra declara guerra à Alemanha.

OS MOMENTOS DA GUERRA
Geralmente, costuma-se dividir a Primeira Grande Guerra em fases: Guerra de Movimentação, Guerra de Trincheiras e a Guerra de Movimentação (2ª fase).
      » Guerra de Movimentação dos exércitos: quando as forças em conflito apresentavam um certo equilíbrio. Nesta fase, a Inglaterra decretou o bloqueio naval à Alemanha e aos seus aliados. Enquanto isso, a França conseguia deter o avanço alemão sobre Paris, na Batalha do Marne.

» Guerra de Trincheiras: período entre 1915 e 1917, quando os países aliados tratavam de garantir as suas posições estratégicas. A indústria armamentista cresce e novos recursos
tecnológicos bélicos foram utilizados, como o avião e o submarino.
» Guerra de Movimentação (2ª fase): período entre 1917 e 1918. A partir de 1917, ocorreram alterações significativas na posição dos países aliados, que definiram o fim da guerra: a
Rússia retirou-se do conflito mundial, devido à Revolução Socialista que ocorreu no país; os Estados Unidos entraram no conflito, ao lado da Entente.
Com a saída da Rússia, a Alemanha e Império Austro-húngaro, puderam lançar toda a sua ofensiva contra a França. Reagindo a essa ameaça, os Aliados enviaram uma maciça ajuda militar aos franceses, o que levou ao recuo das tropas alemãs. Os Aliados ocuparam, então, a França e a Bélgica. Era o começo do fim da guerra.

Na Alemanha, a crise econômica propiciava as manifestações socialistas em Berlim. Em 1918, Guilherme II, rei da Alemanha, abdicou e foi proclamada, em 9 de novembro, a República de Weimar (que durou até 1933), liderada pelo partido Social-Democrata. O novo governo decidiu assinar o armistício de Compiègne, em 11 de novembro de 1918, pelo qual os alemães foram obrigados a desocupar o território ocidental europeu, a entregar o armamento bélico pesado, libertar os prisioneiros de guerra e pagar indenizações.


            O TRIUNFO DOS ALIADOS
No princípio de 1919, aconteceu a Conferência de Paris, onde as potências vencedoras se reuniram para impor pesadas penas aos derrotados. A conferência foi Liderada por Loyd George, representante inglês, Clemenceau, francês, e Woodrow Wilson, presidente dos Estados Unidos. Da conferência surgiu, no dia 28 de junho de 1919, o Tratado de Versalhes, que obrigava a Alemanha a:
» restituir a região de Alsácia e Lorena à França;
» ceder as regiões ocupadas á Bélgica, Dinamarca e Polônia;
» entregar as minas de carvão da região do Sartre à França;
» entregar as suas colônias aos países vencedores;
» desmilitarizar a região da Renânia, limítrofe entre a Bélgica e a França, cujo objetivo era evitar possíveis agressões. Os alemães deveriam entregar também a maioria dos navios bélicos à França, à Inglaterra e à Bélgica;
» indenizar os aliados da Entente, já que a Alemanha foi considerada a única responsável pela guerra;
» ceder uma faixa de terra à Polônia, o Corredor Polonês, que lhe permitiu acesso ao mar.

O povo alemão considerou injustas e humilhantes as condições impostas pelo Tratado de Versalhes, pois perdia 2/10 da população ativa, 1/6 das terras cultiváveis, 2/5 do carvão, 2/3 do ferro e 7/10 do zinco, gerando problemas econômicos sérios ao governo republicano de Weimar.
A Alemanha entrou em crise econômica, possibilitando o surgimento e ascensão do movimento nazista de extrema-direita, que defendeu o nacionalismo extremado, levado às últimas consequências, enquanto cresceu a indústria bélica. A Alemanha transformou-se num barril de pólvora.
Ainda durante a Conferência de Paris, o presidente dos Estados Unidos, Wilson, apresentou os Quatorze Pontos, cujo resultado foi a criação, em 1919, da Liga das Nações, com sede em Genebra, na Suíça, que tinha por finalidade a manutenção da Paz Mundial. Porém, essa liga fracassou, pois faltava-lhe poder coercitivo e também porque havia conflitos de interesses entre os países integrantes da Liga.
Mais tarde, os Estados Unidos saíram da Liga das Nações.
Logo após, as potências vencedoras assinaram os seguintes tratados:

» Saint-German, de 1919, que celebrou a independência da Hungria, Polônia, Tchecoslováquia e Iugoslávia.
» Neuilly, de 1919, que definiu o desmembramento dos territórios da Bulgária, em favor da Renânia, Iugoslávia e Grécia.
» Trianon, de 1919, que confirmou o desmembramento dos territórios da Hungria, em favor da Tchecoslováquia (que recebeu a Eslováquia), da Renânia (que ficou com a Transilvânia) e da Iugoslávia (que anexou a Croácia).
» Sèvres, de 1920, que reconheceu a independência da Armênia. A Mesopotâmia e a Palestina passaram à influência inglesa. A União Soviética, ignorada pelas potências ocidentais na execução dos tratados da Conferência de Paris, teve seus territórios invadidos pelos antigos aliados.

OS RESULTADOS DA PRIMEIRA GRANDE GUERRA
» A Europa perdeu 10 milhões de pessoas e ficou com 40 milhões de inválidos.
» Os campos destruídos afetaram a produção agrícola; portos e estradas arrasados prejudicaram o comércio e as cidades ficaram arruinadas.
» A ascensão dos Estados Unidos, como nação mais poderosa do mundo ocidental. O Império Britânico entrou em declínio econômico. Os impérios aristocráticos (Áustro-Húngaro, Alemão, Russo e Turco) desapareceram, e casas reais da Áustria e da Alemanha caíram.
» Aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho.
» 0 desemprego se acentuou nos países europeus.
» 0 liberalismo econômico foi abalado.
» Avanço das ideias socialistas.
» Avanço e fortalecimento do nacionalismo.






A Revolução Russa

O CONTEXTO DA REVOLUÇÃO
No princípio do século XX, o povo russo ainda era governado por um czar, Nicolau II, imperador com poderes ilimitados, cuja monarquia se pautava no direito divino dos reis, legitimado pela Igreja Ortodoxa.
A Rússia concentrava a maior população da Europa, aproximadamente 175 milhões de habitantes, sendo que 85% constituíam-se de trabalhadores rurais. O preço das terras era muito elevado e os camponeses não tinham condições de adquiri-las. As rotineiras e atrasadas técnicas agrícolas desencadeavam a fome e acentuavam as revoltas constantes.
A indústria russa nasceu dependente do capital estrangeiro. Aos poucos, iam sendo montadas as fábricas de metalurgia, mineração e tecelagem, favorecidas pela grande oferta de mão de obra, gerada pelo êxodo rural. A classe operária vivia e trabalhava em condições precárias, com jornada de trabalho de até quatorze horas diárias e sem nenhuma legislação trabalhista.
Os operários começam a reivindicar melhores condições de trabalho. Surgiu o Partido Operário Social Democrata (POSD), em 1898, cujos líderes, principalmente Lênin e Trotsky, incentivavam a classe operária.
Em 1903, durante um congresso do POSD, ocorreu a sua cisão em dois blocos distintos: Bolcheviques e Mencheviques.
» Os Bolcheviques, comandados por Lênin, defendiam a tomada do poder pelo proletariado, que, aliado aos camponeses, devia instalar o regime socialista de governo, por meio da ditadura do proletariado.
» Os Mencheviques eram favoráveis a uma aliança entre o proletariado e a burguesia, como forma de tomar o poder. Pregavam que a Rússia precisava primeiro se desenvolver economicamente, atingindo o capitalismo pleno, para, posteriormente, fazer a revolução.


O ENSAIO GERAL DOS SOCIALISTAS
Em 1904, a Rússia entrou em guerra com o Japão pela disputa de territórios na Manchúria e na Coréia, mas foi derrotada. A situação financeira do país agravou-se e as críticas à administração do governo aumentaram.
Em janeiro de 1905, o povo russo realizou uma grande concentração em frente do palácio do czar para reivindicar uma Constituição, eleições, redução da jornada de trabalho e aumento dos salários. As tropas do czar reagiram com violência e muitas pessoas foram mortas. Esse acontecimento ficou conhecido como Domingo Sangrento.
Protestos, greves e levantes militares explodiram em várias regiões, e o czar, pressionado, prometeu uma Constituição e criou a Duma, assembleia eleita pelo voto censitário.
As promessas acalmaram os ânimos da burguesia e dos Mencheviques, porém os Bolcheviques continuaram organizando os sovietes, assembleias de operários, soldados e camponeses, em várias regiões do país, e a ativar o movimento revolucionário.
Em 1907, Nicolau II voltou à sua posição autocrática, desarticulou os sovietes, mandou prender e deportar os líderes socialistas e controlou a Duma. Isso possibilitou o refreamento do movimento revolucionário.






O OCASO DO IMPÉRIO RUSSO
No mês de agosto de 1914, a Rússia entrou na Primeira Guerra Mundial, ao lado da Inglaterra e da França, interessada em incorporar os Balcãs, o Bósforo, o Dardarelos e Istambul. Todavia, o exército russo não estava devidamente preparado. Mal equipada e sem suprimentos, a grande maioria dos jovens combatentes morreu de fome e de frio. Tal situação permitiu que os aliados da tríplice Aliança, ocupassem vastas extensões do território russo.
A produção agrícola, com a destruição das plantações, diminuiu, os preços subiram e a fome se alastrou. Aumentava a tensão social.
Os Bolcheviques, reorganizados, incentivaram os motins populares e as deserções. As greves, os levantes das Forças Armadas, as lutas camponesas pela terra e a invasão do Palácio de Inverno pelos revolucionários, compunham o cenário perfeito à capitulação do imperador.



1917: O ANO DA REVOLUÇÃO
Em meados de fevereiro de 1917, a crise socio-económica era incontrolável. Os partidos e as associações operárias tentaram em vão organizar uma manifestação.
No dia 25 daquele mês, a greve generalizada parava a Rússia. O czar se viu obrigado a capitular em 2 de março. Seis dias depois, foi preso com a família.
Imediatamente, formou-se o governo provisório com elementos do grupo liberal burguês e dos Mencheviques, os quais se mantiveram no poder até outubro. Desse governo participou o líder menchevique Kerensky.
0 governo provisório manteve a Rússia na Guerra, alegando que as indenizações exigidas pelos alemães eram altas demais e que o pagamento exigiria grande sacrifício dos trabalhadores. Essa atitude revoltou o povo russo.

Outubro de 1917
Em outubro, o Partido Bolchevique (comunista), tomou o poder e instaurou um governo socialista presidido por Lênin. As grandes propriedades foram abolidas, as fábricas foram nacionalizadas e os operários assumiram a sua direção.
Imediatamente, o Conselho dos Comissários do Povo, presidido por Lênin, retirou a Rússia da guerra, assinando o Tratado de Brest Litóvski, em 1918, pelo qual perdeu boa parte de seu território, como a Letônia, Estônia, Lituânia, Polônia, Verânia e Finlândia.
Em seguida à implantação do regime socialista, a Rússia foi sacudida por uma guerra civil, entre 1918 e 1920. A burguesia russa levantou-se contra o novo regime. Foi apoiada pelas nações capitalistas europeias, interessadas em impedir a implantação do socialismo.
A guerra civil dos brancos (opositores) contra os vermelhos (comunistas) tomou conta do país. 0 governo viu-se obrigado a destinar todos os recursos para a defesa das fronteiras, confiscando a produção rural. Esse período ficou conhecido como Comunismo de Guerra, consistindo na nacionalização dos meios de produção, na requisição das colheitas, no trabalho obrigatório e na mobilização militar da população.
No ano de 1921, os brancos foram derrotados e estava afastada a ameaça externa. 0 país estava arruinado, o que levou Lênin a recuar no processo de socialização, adotando uma nova política econômica.







NASCE A UNIÃO DAS REPÚBLICAS SOCIALISTAS SOVIÉTICAS
Após a vitória do Exército Vermelho e a consolidação do Partido Comunista no poder, as potências capitalistas ocidentais trataram de isolar a Rússia, banindo-a das relações internacionais.
A partir de 1922, a Rússia passou a formar a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).
Inicialmente, a União Soviética era composta pelas repúblicas da Rússia, da Ucrânia, da Rússia Branca e da Tra nscaucásia. Posteriormente, as repúblicas do Uzbequistão e do Turcomenistão, em 1924, e do Tadjiquistão, em 1929, passaram a integrá-la. Após o término da Segunda Guerra Mundial, outros países passaram a fazer parte do bloco socialista, como a Finlândia, a Estônia, a Lituânia, a Iugoslávia, a Bulgária, a Albânia, a Polônia, a Alemanha Oriental, a Tchecoslováquia, a Hungria, a China, Cuba, Congo e Angola.

A Nova Política Econômica
Em 1921, Lênin adotou a Nova Política Econômica (NEP), procurando liberalizar a economia. O governo concedeu certas facilidades à iniciativa privada, porém reservou ao Estado todo o controle sobre a propriedade da terra, dos bancos, do comércio e da grande indústria. A NEP propiciou um rápido crescimento da U.R.S.S.
0 Partido Comunista instaurou a ditadura, baseada na existência de um partido único.

A ditadura stalinista
Com a morte de Lênin, em 1924, o poder foi disputado entre Trotsky e Stalin, mas este último foi o vitorioso. Stalin expulsou Trotsky do Partido Comunista, ordenando sua deportação do país, e governou a URSS até 1953. Concentrou em suas mãos todas as funções, em detrimento das liberdades individuais.
Como consequência do regime ditatorial, a polícia política - KGB - ocupava uma posição de destaque, agindo como principal elemento repressor. Essa época caracterizou-se pela perseguição e execução dos inimigos do governo.
Stalin aboliu a NEP e implantou os Planos Quinquenais, coordenados por uma Comissão Estatal para os Assuntos Econômicos, responsável pela economia planificada, que garantiu a estabilização e o crescimento da Rússia. A forma de atingir esses objetivos foi a nacionalização da indústria e do comércio. Essas medidas garantiram o progresso industrial, principalmente nas áreas do petróleo, eletrificação e maquinaria.




  
AS RELAÇÕES INTERNACIONAIS E AS ORIGENS DA "PAZ ARMADA"
No final do século XIX, o desenvolvimento econômico da Europa Ocidental exercia sobre o mundo uma influência preponderante.
A concorrência entre os países gerava conflitos e, para resolvê-los, os governantes apontavam para a política de equilíbrio internacional. Entre as grandes potências, de 1871 a 1890, cada vez mais a Alemanha tornava-se proeminente e, para impedir o desenvolvimento francês, fomentava a política de alianças entre nações. A principal delas foi o Tratado da Tríplice Aliança, de 1886, um bloco político que reuniu Alemanha, Áustria e Itália, e cujo fim maior era o isolamento da França.
A França revidou, fomentando o revanchismo, expressão da sua inconformidade com as perdas da guerra franco-prussiana. Crescia cada vez mais a rivalidade franco-alemã.
A Itália, num primeiro momento, participou da aliança anti francesa, pois, em 1881, os franceses haviam anexado a Tunísia, na África, região cobiçada pelos italianos. Porém, em 1896, a oposição entre italianos e franceses diminuiu, resultando em acordos de comércio e amizade, e a Itália declarou-se neutra. Esse fato significou o enfraquecimento da Tríplice Aliança.
Aos poucos se formavam nacionalismos e imperialismos agressivos. Os países passaram a empreender uma corrida armamentista, estimulando e intensificando a indústria de guerra. Cada vez mais os governos aumentavam o contingente do exército nacional, responsável pela defesa e ampliação das fronteiras. Em 1898, a indústria alemã duplicou a frota de navios de guerra, evidenciando a sua preocupação com o domínio dos mares.
Naquele final de século se configurava a "Paz Armada".


A Era dos Impérios e o Neocolonialismo
No século XIX, ocorreu significativa expansão dos Estados capitalistas europeus. Os governantes engendraram a política de expansão econômica e territorial, sobretudo na África e na Ásia.

O NE0C0L0NIALISM0
A partir de meados do século XIX, as nações industrializadas da Europa iniciaram a corrida em busca de colônias na Africa e na Asia. Os fatores que motivaram o neocolonialismo foram:
» busca de novos mercados consumidores, de matérias-primas e de mão-de-obra barata para acelerar o processo de industrialização;
» excedentes populacionais: a população de algumas nações industrializadas começou a crescer demais e a não encontrar trabalho (especialmente no campo).
» desenvolvimento do espírito nacionalista: a rivalidade entre as nações estimulou o espírito nacionalista, o que obrigou os governos a se preocuparem com as demarcações de fronteiras, com a unificação de seus territórios.

A JUSTIFICATIVA DO IMPERIALISMO
As nações imperialistas procuraram justificar o imperialismo desenvolvendo doutrinas racistas, religiosas e técnico-científicas, nas quais propugnavam a superioridade européia:
» doutrina racista: o imperialismo disseminou a ideologia da superioridade racial do branco europeu, em relação ao africano.
» doutrina religiosa: a Igreja Católica afirmava que ela possuía a missão de salvar as almas dos infiéis convertendo-os ao cristianismo.
» doutrina da supremacia técnico-científica: os europeus consideravam-se superiores em relação aos demais povos, já que experimentavam um notável progresso científico.


A PARTILHA DA AFRICA
Em 1815, os ingleses compraram dos holandeses as colônias do Cabo e do Natal. A partir desse momento, o governo inglês adotou a política de introdução de imigrantes e de liberdade e proteção aos negros da região. Convém salientar que, em 1833, o governo inglês aboliu a escravidão nas suas colônias africanas.
A burguesia industrial inglesa tinha novos interesses em relação à Africa negra. Via ali a possibilidade de estabelecer colônias para o fornecimento de matéria-prima. Para isso, era necessário utilizar a mão de obra nativa.
Outros países europeus, entre eles a França, se preparavam para entrar no processo de colonização e exploração da África. Em 1830, os franceses invadiram e conquistaram a Argélia. Mais tarde, anexaram a Tunísia, a Africa Ocidental francesa, a África equatorial, a Somália e Madagascar.
A descoberta de diamantes na região de Orange, na década de sessenta do século XIX, levou à valorização capitalista do continente africano. Leopoldo II, rei da Bélgica, dominou a região do Congo, entre 1875 e 1885.
A partir de 1875, os ingleses compraram ações do canal de Suez, que liga o mar Vermelho ao Mediterrâneo. Por esse canal, chegariam até à índia e estabeleceriam a sua influência no Egito, trampolim para dominar o continente africano. Anexaram o Sudão, a Rodésia, a Costa do Ouro, a Nigéria, o Quênia e a Somália.
Nessa época, os alemães estavam em pleno período de unificação, mas pretendiam ingressar na partilha, conquistando a África Oriental. Em seguida, dominaram o Togo, a Tanganica, o Sudoeste africano e a região de Camarões.


A Inglaterra mantinha a supremacia da ocupação africana. Entre 1899 e 1902 os ingleses viram-se envolvidos numa guerra colonial, a Guerra dos Bõers.
Os Bõers, descendentes de holandeses, dominavam a região aurífera de Transvaal e de Orange. A Inglaterra, com a finalidade de explorar o ouro do sul da África, invadiu a região e impôs, após três anos de guerra, a sua dominação sobre os Bõers. Apesar disso, a guerra continuou e os Bõers conseguiram algumas vitórias, beneficiando-se com a ascensão de Gladstone ao poder, na Inglaterra, em 1881, que reconheceu oficialmente as repúblicas de Orange e do Transvaal.
Nos anos que se seguiram, verificou-se a corrida do ouro na África do Sul e grandes companhias mineradoras ali se instalaram. Advieram novos conflitos. Em 1902, foi definida a paz, pela qual as repúblicas de Orange e Transvaal perdiam a independência, dando origem, no ano de 1903, à República Sul-Africana.
Na partilha da África, houve a participação de outras nações europeias, como os países ibéricos, mas que atuaram de forma restrita. Portugal ficou com os territórios de Moçambique, Angola e Guiné. Para a Espanha, coube a região do Rio do Ouro, parte da Guiné e do Marrocos. Outra nação que também participou foi a Itália, que ficou com a Eritréia, a Líbia e a Somália.
O neocolonialismo europeu foi responsável pela destruição das estruturas tradicionais das sociedades africanas. Em meio século, as famílias, as aldeias e as tribos foram incorporadas pelos colonizadores.
Os europeus reorganizaram a economia dos povos africanos, que se tornou agroexportadora, de base monopolista. As indústrias, o comércio, as estradas de ferro e a rede portuária criados no continente africano, serviam para atender os interesses do capitalismo financeiro e monopolista, em sua Era Imperialista.




A PARTILHA DA ÁSIA
Desde o final do século XVIII, a Inglaterra explorava a índia, que era um país agrário, tendo o seu comércio restrito apenas ao litoral. Em meados do século XIX, a dominação econômica inglesa já estava consolidada, porém os cipaios (nativos que serviam no exército colonial) reagiram. Os cipaios foram reprimidos e a índia colocada sob a tutela do governo inglês, que reorganizou a administração e criou a autoridade suprema do vice-rei.
A burguesia inglesa começou a investir capitais na agricultura de plantations de algodão e juta, matéria-prima indispensável à indústria têxtil inglesa. Além disso, o vice-rei triplicou o exército colonial, o que facilitou a conquista de outras regiões como a Birmânia, o Ceilão, o Tibet e o Paquistão.
A burguesia comercial inglesa, desde o século XVIII, mantinha relações econômicas com a China. O principal porto que serviu a esse comércio era o de Cantão. No começo do século XIX, a Companhia das índias Orientais inglesa intensificou as atividades comerciais, adquirindo chá e vendendo ópio, derivado de uma planta cultivada na índia e na Birmânia.
Todavia, o governo chinês, desde 1730, havia proibido a utilização e venda desse produto.
O governo chinês empreendeu intensa repressão ao comércio do ópio, mandando, em 1839, destruir o carregamento inglês de 20 mil caixas desse produto, ainda no porto de Cantão. Os ingleses reagiram e foi declarada guerra à China, a Guerra do Ópio (1840-1842), que só terminou quando os chineses se viram obrigados a assinar o Tratado de Nanquim, em 1842. Por esse Tratado, os ingleses conseguiram a abertura.
Após a Guerra do Ópio, a China foi invadida pela França e pelo Japão, que também obtiveram a concessão de comercializar nos portos daquele país, estendida mais tarde à Rússia, Itália, Alemanha e Estados Unidos.
Enquanto os estrangeiros dominavam o país, os chineses começaram a reagir. Em 1900, a sociedade dos boxers, associação secreta nacionalista, começou a provocar atentados contra os estrangeiros. As nações europeias organizaram uma ação conjunta para reprimi-los. Desse confronto, em 1901, ocorreu a Guerra dos Boxers, quando este grupo foi massacrado e a China teve de reconhecer as concessões já feitas, além de pagar indenização aos inimigos.
No caso do Japão, em 1853, os norte-americanos enviaram uma esquadra para forçar a abertura dos portos japoneses aos seus produtos. O governo japonês viu-se obrigado a assinar o Tratado de Kanagawa, onde concordava com as exigências. Somente em 1867, essa situação se alterou. Teve início a Era Meiji, que levou o país a profundas transformações. No final do século XIX, as indústrias japonesas funcionavam plenamente e, na falta de matéria-prima e fontes energéticas, o Japão fez guerra contra a China. Em 1905, os japoneses guerrearam contra os russos, ocupando a Coréia, e contra os franceses, dominando a Indochina.

OS EFEITOS DO IMPERIALISMO
O avanço capitalista na Africa e na Asia quebrou definitivamente a auto-suficiência daqueles povos. Para os colonizadores, as colônias deveriam suprir a metrópole de matéria-prima necessária à industrialização.
A colônia devia absorver grande parte da produção excedente da metrópole desenvolvida. Para que os investimentos se tornassem lucrativos, era preciso criar a infraestrutura de exportação: estradas de ferro, pontes, portos. As nações capitalistas subordinaram as economias coloniais, o que deu origem ao subdesenvolvimento dos países colonizados.

       




  A Primeira Guerra Mundial
A Primeira Guerra Mundial durou de 1914 a 1918 e suas raízes encontram-se no final do século XIX, particularmente após 1870.

O CENÁRIO DA GUERRA
Na preparação da Primeira Guerra Mundial participaram as potências imperialistas, cujo objetivo era a repartição do mundo, a fim de garantir matéria-prima, mercado consumidor e mão de obra para sua produção industrial.
A Inglaterra dominava a maioria dos mercados mundiais, seguida pela Alemanha. O governo alemão, para consolidar os seus intentos imperialistas, projetou a construção de uma estrada de ferro ligando Berlim a Bagdá, para o transporte de petróleo do golfo Pérsico aos mercados ocidentais. A Inglaterra se opôs a esse projeto porque traria dificuldades para o comércio com suas colônias.
Enquanto isso, os nacionalistas franceses pregavam o revanchismo à Alemanha, com o intento de recuperarem os territórios perdidos de Alsácia-Lorena.
Finalmente, a França e a Alemanha disputavam um domínio do Marrocos, ao norte da África. Em 1911, a França anexou o Marrocos, porém, cedeu à Alemanha parte do Congo francês.
O equilíbrio em blocos
Desde 1886 a Alemanha liderava o bloco da Tríplice Aliança, composta pela Áustria e Itália. Por volta de 1904, a França reagiu ao isolamento e revidou, compondo com a Inglaterra outro bloco, a Entente Cordiale, interessadas em impedir a supremacia alemã. Alguns anos após, em 1907, França e Inglaterra uniram-se à Rússia, formando a Tríplice Entente.


A POLÍTICA ARMAMENTISTA NA DEFESA DA "PAZ ARMADA"
No começo do século XX, os países ricos da Europa, preocupados com o equilíbrio internacional, propugnavam pela paz. Mas, contraditoriamente, estimulavam a indústria de armamentos e recrutavam civis para aumentar os contingentes militares. O militarismo cresceu e a possibilidade de acordo para manter um equilíbrio entre as nações imperialistas se
tornava cada vez mais difícil. Dessa forma, os focos de tensão e a disputa pela supremacia conduziram os países europeus à corrida armamentista.
Ao mesmo tempo, eclodiu a chamada crise dos Bálcãs. Em 1906, o Império Áustro-Húngaro anexou dois Estados eslavos, a Bósnia e a Herzegovina, impedindo a possibilidade de formação da Grande Sérvia, com vistas a obter uma saída para o mar Mediterrâneo. Esse fato acentuou a rivalidade entre
Áustria-Hungria e a Sérvia.
No dia 28 de junho de 1914, o arquiduque Francisco Ferdinando, futuro governante do Império Austro-Húngaro, já próximo de assumir o trono, em visita a Sarajevo, capital da Bósnia, foi assassinado com sua esposa. A responsabilidade do assassinato coube ao estudante bósnio Gabriel Princip. Um mês depois, o Império Austro-Húngaro declarou guerra à Sérvia, que contou com o apoio da Rússia. 0 incidente de Sarajevo foi o estopim que desencadeou a Primeira Guerra Mundial.










OS PRIMEIROS INSTANTES DA PRIMEIRA GRANDE GUERRA
O desdobramento do conflito nos Bálcãs acabou envolvendo os países europeus, devido à política de alianças. A Itália, que pertencia à Tríplice Aliança, entrou na guerra ao lado da Entente, porque a Inglaterra havia-lhe prometido os territórios irredentos, que não conseguira conquistar da Áustria desde o período da unificação. O Japão, interessado nas possessões alemãs no Oriente, aderiu aos Aliados. Os acontecimentos iniciais da guerra, em 1914, foram:
» 28 de julho: a Áustria declara guerra à Sérvia;
» 29 de julho: em apoio à Sérvia, a Rússia mobiliza seus exércitos contra a Áustria e a Alemanha;
» 1º de agosto: a Alemanha declara guerra à Rússia e, posteriormente, à França;
» 04 de agosto: os exércitos alemães e austríacos invadem a Bélgica, com o objetivo de atacar o território francês;
» 05 de agosto: a Inglaterra declara guerra à Alemanha.

OS MOMENTOS DA GUERRA
Geralmente, costuma-se dividir a Primeira Grande Guerra em fases: Guerra de Movimentação, Guerra de Trincheiras e a Guerra de Movimentação (2ª fase).
      » Guerra de Movimentação dos exércitos: quando as forças em conflito apresentavam um certo equilíbrio. Nesta fase, a Inglaterra decretou o bloqueio naval à Alemanha e aos seus aliados. Enquanto isso, a França conseguia deter o avanço alemão sobre Paris, na Batalha do Marne.

» Guerra de Trincheiras: período entre 1915 e 1917, quando os países aliados tratavam de garantir as suas posições estratégicas. A indústria armamentista cresce e novos recursos
tecnológicos bélicos foram utilizados, como o avião e o submarino.
» Guerra de Movimentação (2ª fase): período entre 1917 e 1918. A partir de 1917, ocorreram alterações significativas na posição dos países aliados, que definiram o fim da guerra: a
Rússia retirou-se do conflito mundial, devido à Revolução Socialista que ocorreu no país; os Estados Unidos entraram no conflito, ao lado da Entente.
Com a saída da Rússia, a Alemanha e Império Austro-húngaro, puderam lançar toda a sua ofensiva contra a França. Reagindo a essa ameaça, os Aliados enviaram uma maciça ajuda militar aos franceses, o que levou ao recuo das tropas alemãs. Os Aliados ocuparam, então, a França e a Bélgica. Era o começo do fim da guerra.

Na Alemanha, a crise econômica propiciava as manifestações socialistas em Berlim. Em 1918, Guilherme II, rei da Alemanha, abdicou e foi proclamada, em 9 de novembro, a República de Weimar (que durou até 1933), liderada pelo partido Social-Democrata. O novo governo decidiu assinar o armistício de Compiègne, em 11 de novembro de 1918, pelo qual os alemães foram obrigados a desocupar o território ocidental europeu, a entregar o armamento bélico pesado, libertar os prisioneiros de guerra e pagar indenizações.


            O TRIUNFO DOS ALIADOS
No princípio de 1919, aconteceu a Conferência de Paris, onde as potências vencedoras se reuniram para impor pesadas penas aos derrotados. A conferência foi Liderada por Loyd George, representante inglês, Clemenceau, francês, e Woodrow Wilson, presidente dos Estados Unidos. Da conferência surgiu, no dia 28 de junho de 1919, o Tratado de Versalhes, que obrigava a Alemanha a:
» restituir a região de Alsácia e Lorena à França;
» ceder as regiões ocupadas á Bélgica, Dinamarca e Polônia;
» entregar as minas de carvão da região do Sartre à França;
» entregar as suas colônias aos países vencedores;
» desmilitarizar a região da Renânia, limítrofe entre a Bélgica e a França, cujo objetivo era evitar possíveis agressões. Os alemães deveriam entregar também a maioria dos navios bélicos à França, à Inglaterra e à Bélgica;
» indenizar os aliados da Entente, já que a Alemanha foi considerada a única responsável pela guerra;
» ceder uma faixa de terra à Polônia, o Corredor Polonês, que lhe permitiu acesso ao mar.

O povo alemão considerou injustas e humilhantes as condições impostas pelo Tratado de Versalhes, pois perdia 2/10 da população ativa, 1/6 das terras cultiváveis, 2/5 do carvão, 2/3 do ferro e 7/10 do zinco, gerando problemas econômicos sérios ao governo republicano de Weimar.
A Alemanha entrou em crise econômica, possibilitando o surgimento e ascensão do movimento nazista de extrema-direita, que defendeu o nacionalismo extremado, levado às últimas consequências, enquanto cresceu a indústria bélica. A Alemanha transformou-se num barril de pólvora.
Ainda durante a Conferência de Paris, o presidente dos Estados Unidos, Wilson, apresentou os Quatorze Pontos, cujo resultado foi a criação, em 1919, da Liga das Nações, com sede em Genebra, na Suíça, que tinha por finalidade a manutenção da Paz Mundial. Porém, essa liga fracassou, pois faltava-lhe poder coercitivo e também porque havia conflitos de interesses entre os países integrantes da Liga.
Mais tarde, os Estados Unidos saíram da Liga das Nações.
Logo após, as potências vencedoras assinaram os seguintes tratados:

» Saint-German, de 1919, que celebrou a independência da Hungria, Polônia, Tchecoslováquia e Iugoslávia.
» Neuilly, de 1919, que definiu o desmembramento dos territórios da Bulgária, em favor da Renânia, Iugoslávia e Grécia.
» Trianon, de 1919, que confirmou o desmembramento dos territórios da Hungria, em favor da Tchecoslováquia (que recebeu a Eslováquia), da Renânia (que ficou com a Transilvânia) e da Iugoslávia (que anexou a Croácia).
» Sèvres, de 1920, que reconheceu a independência da Armênia. A Mesopotâmia e a Palestina passaram à influência inglesa. A União Soviética, ignorada pelas potências ocidentais na execução dos tratados da Conferência de Paris, teve seus territórios invadidos pelos antigos aliados.

OS RESULTADOS DA PRIMEIRA GRANDE GUERRA
» A Europa perdeu 10 milhões de pessoas e ficou com 40 milhões de inválidos.
» Os campos destruídos afetaram a produção agrícola; portos e estradas arrasados prejudicaram o comércio e as cidades ficaram arruinadas.
» A ascensão dos Estados Unidos, como nação mais poderosa do mundo ocidental. O Império Britânico entrou em declínio econômico. Os impérios aristocráticos (Áustro-Húngaro, Alemão, Russo e Turco) desapareceram, e casas reais da Áustria e da Alemanha caíram.
» Aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho.
» 0 desemprego se acentuou nos países europeus.
» 0 liberalismo econômico foi abalado.
» Avanço das ideias socialistas.
» Avanço e fortalecimento do nacionalismo.






A Revolução Russa

O CONTEXTO DA REVOLUÇÃO
No princípio do século XX, o povo russo ainda era governado por um czar, Nicolau II, imperador com poderes ilimitados, cuja monarquia se pautava no direito divino dos reis, legitimado pela Igreja Ortodoxa.
A Rússia concentrava a maior população da Europa, aproximadamente 175 milhões de habitantes, sendo que 85% constituíam-se de trabalhadores rurais. O preço das terras era muito elevado e os camponeses não tinham condições de adquiri-las. As rotineiras e atrasadas técnicas agrícolas desencadeavam a fome e acentuavam as revoltas constantes.
A indústria russa nasceu dependente do capital estrangeiro. Aos poucos, iam sendo montadas as fábricas de metalurgia, mineração e tecelagem, favorecidas pela grande oferta de mão de obra, gerada pelo êxodo rural. A classe operária vivia e trabalhava em condições precárias, com jornada de trabalho de até quatorze horas diárias e sem nenhuma legislação trabalhista.
Os operários começam a reivindicar melhores condições de trabalho. Surgiu o Partido Operário Social Democrata (POSD), em 1898, cujos líderes, principalmente Lênin e Trotsky, incentivavam a classe operária.
Em 1903, durante um congresso do POSD, ocorreu a sua cisão em dois blocos distintos: Bolcheviques e Mencheviques.
» Os Bolcheviques, comandados por Lênin, defendiam a tomada do poder pelo proletariado, que, aliado aos camponeses, devia instalar o regime socialista de governo, por meio da ditadura do proletariado.
» Os Mencheviques eram favoráveis a uma aliança entre o proletariado e a burguesia, como forma de tomar o poder. Pregavam que a Rússia precisava primeiro se desenvolver economicamente, atingindo o capitalismo pleno, para, posteriormente, fazer a revolução.


O ENSAIO GERAL DOS SOCIALISTAS
Em 1904, a Rússia entrou em guerra com o Japão pela disputa de territórios na Manchúria e na Coréia, mas foi derrotada. A situação financeira do país agravou-se e as críticas à administração do governo aumentaram.
Em janeiro de 1905, o povo russo realizou uma grande concentração em frente do palácio do czar para reivindicar uma Constituição, eleições, redução da jornada de trabalho e aumento dos salários. As tropas do czar reagiram com violência e muitas pessoas foram mortas. Esse acontecimento ficou conhecido como Domingo Sangrento.
Protestos, greves e levantes militares explodiram em várias regiões, e o czar, pressionado, prometeu uma Constituição e criou a Duma, assembleia eleita pelo voto censitário.
As promessas acalmaram os ânimos da burguesia e dos Mencheviques, porém os Bolcheviques continuaram organizando os sovietes, assembleias de operários, soldados e camponeses, em várias regiões do país, e a ativar o movimento revolucionário.
Em 1907, Nicolau II voltou à sua posição autocrática, desarticulou os sovietes, mandou prender e deportar os líderes socialistas e controlou a Duma. Isso possibilitou o refreamento do movimento revolucionário.






O OCASO DO IMPÉRIO RUSSO
No mês de agosto de 1914, a Rússia entrou na Primeira Guerra Mundial, ao lado da Inglaterra e da França, interessada em incorporar os Balcãs, o Bósforo, o Dardarelos e Istambul. Todavia, o exército russo não estava devidamente preparado. Mal equipada e sem suprimentos, a grande maioria dos jovens combatentes morreu de fome e de frio. Tal situação permitiu que os aliados da tríplice Aliança, ocupassem vastas extensões do território russo.
A produção agrícola, com a destruição das plantações, diminuiu, os preços subiram e a fome se alastrou. Aumentava a tensão social.
Os Bolcheviques, reorganizados, incentivaram os motins populares e as deserções. As greves, os levantes das Forças Armadas, as lutas camponesas pela terra e a invasão do Palácio de Inverno pelos revolucionários, compunham o cenário perfeito à capitulação do imperador.



1917: O ANO DA REVOLUÇÃO
Em meados de fevereiro de 1917, a crise socio-económica era incontrolável. Os partidos e as associações operárias tentaram em vão organizar uma manifestação.
No dia 25 daquele mês, a greve generalizada parava a Rússia. O czar se viu obrigado a capitular em 2 de março. Seis dias depois, foi preso com a família.
Imediatamente, formou-se o governo provisório com elementos do grupo liberal burguês e dos Mencheviques, os quais se mantiveram no poder até outubro. Desse governo participou o líder menchevique Kerensky.
0 governo provisório manteve a Rússia na Guerra, alegando que as indenizações exigidas pelos alemães eram altas demais e que o pagamento exigiria grande sacrifício dos trabalhadores. Essa atitude revoltou o povo russo.

Outubro de 1917
Em outubro, o Partido Bolchevique (comunista), tomou o poder e instaurou um governo socialista presidido por Lênin. As grandes propriedades foram abolidas, as fábricas foram nacionalizadas e os operários assumiram a sua direção.
Imediatamente, o Conselho dos Comissários do Povo, presidido por Lênin, retirou a Rússia da guerra, assinando o Tratado de Brest Litóvski, em 1918, pelo qual perdeu boa parte de seu território, como a Letônia, Estônia, Lituânia, Polônia, Verânia e Finlândia.
Em seguida à implantação do regime socialista, a Rússia foi sacudida por uma guerra civil, entre 1918 e 1920. A burguesia russa levantou-se contra o novo regime. Foi apoiada pelas nações capitalistas europeias, interessadas em impedir a implantação do socialismo.
A guerra civil dos brancos (opositores) contra os vermelhos (comunistas) tomou conta do país. 0 governo viu-se obrigado a destinar todos os recursos para a defesa das fronteiras, confiscando a produção rural. Esse período ficou conhecido como Comunismo de Guerra, consistindo na nacionalização dos meios de produção, na requisição das colheitas, no trabalho obrigatório e na mobilização militar da população.
No ano de 1921, os brancos foram derrotados e estava afastada a ameaça externa. 0 país estava arruinado, o que levou Lênin a recuar no processo de socialização, adotando uma nova política econômica.







NASCE A UNIÃO DAS REPÚBLICAS SOCIALISTAS SOVIÉTICAS
Após a vitória do Exército Vermelho e a consolidação do Partido Comunista no poder, as potências capitalistas ocidentais trataram de isolar a Rússia, banindo-a das relações internacionais.
A partir de 1922, a Rússia passou a formar a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).
Inicialmente, a União Soviética era composta pelas repúblicas da Rússia, da Ucrânia, da Rússia Branca e da Tra nscaucásia. Posteriormente, as repúblicas do Uzbequistão e do Turcomenistão, em 1924, e do Tadjiquistão, em 1929, passaram a integrá-la. Após o término da Segunda Guerra Mundial, outros países passaram a fazer parte do bloco socialista, como a Finlândia, a Estônia, a Lituânia, a Iugoslávia, a Bulgária, a Albânia, a Polônia, a Alemanha Oriental, a Tchecoslováquia, a Hungria, a China, Cuba, Congo e Angola.

A Nova Política Econômica
Em 1921, Lênin adotou a Nova Política Econômica (NEP), procurando liberalizar a economia. O governo concedeu certas facilidades à iniciativa privada, porém reservou ao Estado todo o controle sobre a propriedade da terra, dos bancos, do comércio e da grande indústria. A NEP propiciou um rápido crescimento da U.R.S.S.
0 Partido Comunista instaurou a ditadura, baseada na existência de um partido único.

A ditadura stalinista
Com a morte de Lênin, em 1924, o poder foi disputado entre Trotsky e Stalin, mas este último foi o vitorioso. Stalin expulsou Trotsky do Partido Comunista, ordenando sua deportação do país, e governou a URSS até 1953. Concentrou em suas mãos todas as funções, em detrimento das liberdades individuais.
Como consequência do regime ditatorial, a polícia política - KGB - ocupava uma posição de destaque, agindo como principal elemento repressor. Essa época caracterizou-se pela perseguição e execução dos inimigos do governo.
Stalin aboliu a NEP e implantou os Planos Quinquenais, coordenados por uma Comissão Estatal para os Assuntos Econômicos, responsável pela economia planificada, que garantiu a estabilização e o crescimento da Rússia. A forma de atingir esses objetivos foi a nacionalização da indústria e do comércio. Essas medidas garantiram o progresso industrial, principalmente nas áreas do petróleo, eletrificação e maquinaria.




Nenhum comentário:

Postar um comentário